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A Falésia da Árvore de Fogo

    A Falésia da Árvore de Fogo é uma narrativa poética e em tom épico relaciona o espaço físico (a cidade de Avelares e o ambiente caseiro) aos movimentos femininos – cíclicos – de fiar e desfiar o manto na sua ampla significação: como manutenção da vida e do destino, da identidade e das relações com a cidade, o mar, o rio, as pedras e a escrita. A narrativa propõe um entrelaçamento de vozes femininas, apresentadas em alternância, que se deslocam pela cidade fictícia de Avelares, seguindo os pontos cardeais. As personagens não se encontram, mas suas ações influenciam na vida das demais. Assim, temos a presença da renomada monja beneditina do século XII Hildegarda von Bingen, envolvida com as viagens, as visões e profecias e a orientação de mulheres em seu mosteiro; a grandiosa Penélope, esposa do herói Odisseu, que se afasta dos limites do ambiente caseiro e sai, também, em viagem pela ilha de Ítaca; a fictícia Anisha, uma lendária sacerdotisa de uma cultura pagã, sofrendo as consequências da punição por suas ações consideradas insensatas, em busca de retornar ao lar; Lita, uma jovem do século XIX levada à força para o convento com o intuito de apagar uma relação adúltera, de onde foge no ímpeto de resguardar sua identidade e vontades; e Corina, personagem dos tempos atuais, marcada por problemas com a mãe e com a descoberta de si. É ela que atua como tecelã, entrelaçando as histórias e com elas abrindo uma passagem em direção à falésia.

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Oikospoética

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    Prosa poética que se entrelaça com o texto teórico-filosófico. Ao correlacionar os cômodos da casa – porão, quintal, cozinha, quarto, sala, sótão – e os âmbitos existenciais da vida humana, além de uma correspondência com os elementos constitutivos da árvore – raízes, seiva, rama –, a poética da casa presente neste livro realiza um percurso épico pela busca de si ou, dito de outra maneira, a autopoiese, a escrita de si.
  A marca estilística do texto se faz por idas e vindas, como na tecelagem de um manto, e recompõe o jogo antitético entre as viagens de Ulisses e a permanência de Penélope no oikos (casa, em grego antigo), colocando em cena, ainda, uma mulher comum às voltas com as práticas caseiras, as interferências externas e o desejo de ir além das raízes para ser a rama da árvore, numa longa viagem de pés no chão. A narrativa é marcada por diversas simbologias e procura resgatar o sentido de “retorno ao lar”, assim como o processo de reconexão do indivíduo (como criador de si) com a Terra.
  Em Oikospoética, a mulher é a tecelã das forças imanentes da terra e a organizadora do Cosmos por meio da metáfora do tear caseiro. Seu ativismo não atravessa os mares, e talvez não seja necessário ir tão longe para engendrar o Cosmos, pois sua rota se abre na vertical: as raízes da terra subindo em espiral para as ramas que atravessam o céu.
  Casa-artífice do fazer manual e intuitivo: a tecelagem, as ervas que vicejam no quintal, a voz recuperada que abre portais para outros mundos, o pão e a alquimia nas panelas.

O livro foi contemplado pelo edital ProAC 19/2021

Amarelo Ocre

   O livro foi contemplado pelo ProAC em 2022 e conta a história de João de Barro em sua jornada de amadurecimento. A obra traz vários elementos simbólicos do mundo humano e da natureza, além de oferecer uma belíssima leitura para as relações entre o homem e o meio ambiente. Amarelo Ocre é um despertar para  o reconhecimento da capacidade humana em interferir positivamente em seu habitat e para a compreensão de como a natureza nos retribui.



 

Capa Amarelo Ocre
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Mãos que Fazem o Sol

     No meio da floresta, a pequena Lúria constrói uma casa, com a ajuda da tartaruga Tuá, sua amiga e protetora. Lúria não enxerga, mas aprende a moldar no barro todas as coisas que ela não viu e imagina como sejam. Sua vida passa, assim, a ser povoada de animais dos mais variados tipos, com os quais ela conversa e convive. Um certo dia, porém, ela recebe a visita do menino Lui, num encontro humano e necessário.

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