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Poesia

Derramou

De açúcar e de afeto

Fez o doce predileto 

Derramado na toalha 

Com calda, ameixas 

E descaso.

O caos foi visto

Por todo o lado. 

 

Com a esponja,

Absorveu a tristeza

A falta, a frieza

Lavou tudo com água corrente

Meio cálida 

E reiniciou, em suspirante penar. 

 

A Clara em neve batida

Com as mãos de enxugar lágrimas 

Na eterna tentativa 

De viver 

Em reciprocidade

Essa, nunca antes alcançada.

 

Kryssia Ettel

É socióloga, professora de idiomas e

gosta de se pensar como escritora.

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